10 sugestões para acalmar o bebê, de acordo com a teoria da extero-gestação

Você pode ter lido o título deste e texto e se perguntado: extero o quê? (rsrs). Extero-gestação é um termo que designa, como você deve imaginar ou já conhecer, a gestação continuada após o parto.
Os responsáveis pela criação e divulgação dessa teoria são o antropólogo inglês Ashley Montagu e o pediatra norte americano Harvey Karp. Em linhas bem gerais, a teoria acredita que o bebê humano estaria pronto para nascer somente ao 4.º trimestre de gestação, mas isso impossibilitaria a fisiologia do parto. Por conta da “prematuridade” do 3.º trimestre, os teóricos afirmam ser de imensa importância simular as condições intrauterinas pelo menos até o 3.º mês de vida.
Quem já passou, ou melhor, sobreviveu aos 3 primeiros meses de um bebê, sabe que, de longe, são os mais difíceis. Poderíamos elencar inúmeros motivos para isso: adaptação aos horários e à nova realidade familiar, grande descarga emocional, baby blues, falta de sono, cólicas, visitas, palpites, cansaço extremo etc.
Assim, qualquer ajuda para enfrentar esse início turbulento e facilitar a adaptação dos bebês a esse mundo doido, é bem-vinda. Para isso, e seguindo os princípios da extero-gestação, elegemos 10 sugestões para simular o conforto e o aconchego do útero:

  1. Som do útero – para imitar o barulho oriundo de veias pulsando, o ritmo frequente do coração e o funcionamento do intestino e de outros órgãos da mãe, você pode tentar desde o simples “shhhhhh” produzido pela própria boca até os vídeos do Youtube (o bebê só deve ter acesso ao som e não às imagens. Cansei de dormir escutando esses vídeos!), aplicativos do celular (novamente, o bebê só deve ter acesso ao som), um rádio fora de estação, barulho de secador ou ventilador, músicas com sons de água ou outros barulhos da natureza.
  2. Sling – o tecido amarrado ao redor do corpo adulto permite por meio de uma posição ergonômica a transmissão de calor, segurança e proximidade aos batimentos cardíacos. Essa posição ainda tem o poder de aliviar as cólicas! Estando quentinho e seguro, o movimento do sling é perfeito para a simulação intrauterina. Vale um passeio tranquilo e até mesmo alguns passos de dança junto ao bebê.
  3. Ritmo – o movimento dentro do útero era frequente: cada mexidinha da mãe gerava movimentação, que era acompanhada das batidas frequentes do coração. Por essa razão, por vezes, bebês apreciam batidinhas suaves e ritmadas na fralda ou nas costinhas. Mas, lembre–se da suavidade e de observar atentamente se o bebê está apreciando e relaxando com a técnica.
  4. Cueiro – ao final da gestação, o bebê fica bem apertadinho no útero e é normal que ao nascer estranhe ficar “solto” e num ambiente espaçoso, como o berço. Por isso, quando o bebê estiver fora do sling ou de seu colo, para deixá-lo seguro e tranquilo, enrole-o em um cueiro ou mantinha. Prefira os tecidos de algodão.
  5. Posição – os bebês são muito mais ágeis dentro do útero do que quando nascem, isso porque estão mais acostumados ao meio aquático e têm mais liberdade para se movimentarem. Logo que nascem, muitos são colocados em carrinhos ou em berços e não conseguem se movimentar, o que pode gerar irritação. Que tal deixar o bebê de lado ou de bruços (com o bumbum encostado na dobra do cotovelo do adulto) em seu colo? Essas posições costumam acalmar e amenizar cólicas. Lembre-se apenas de que os bebês jamais devem ser colocados para dormir nessas posições, apenas de barriga para cima!
  6. Ninhos – pelo mesmo motivo do uso cueiro, ou seja, deixar os bebês mais seguros, o uso dos ninhos é indicado. Ninhos são estruturas de espumas ou recriadas por meio de toalhas ou cobertas que envolvem o bebê, dando a sensação de proteção, tal qual a de um ninho.
  7. Banho de balde – os baldes ou miniofurôs são verdadeiros úteros simbólicos, pois propiciam o contato com a água quentinha e com um espaço contido, no qual os pequenos podem sentir o próprio corpo com facilidade. Que tal auxiliar ainda mais a criação desse ambiente simbólico? Utilize os sons que imitam o barulho do útero e use luzes baixas.
  8. Pele a pele – o bebê passou, em média, nove meses pelado, com liberdade total de movimentação. Assim, é normal que ele relute e esbraveje ao ser vestido. Converse com o seu bebê, explicando tudo o que você está fazendo com ele e permita, sempre que possível, que ele fique pelado ou apenas de fraldinha, tendo contato da própria pele com a pele da mãe e/ou de outro adulto de referência.
  9. Balanço – você sabia que existem redes de balanço que podem ser instaladas no berço do bebê? Na falta de uma rede específica para bebê, utilize uma rede tradicional ou até uma cadeira de balanço. O embalo ritmado, o aconchego e a segurança que a rede oferta, geralmente, conduzem a uma gostosa sonequinha. O único alerta para o uso da rede é a segurança: certifique-se de que o bebê está bem seguro.
  10. Sucção – o bebê passa grande parte do tempo intrauterino sugando os próprios dedos, pois a sucção é um reflexo. O sugar deixa o bebê calmo e relaxado. Aqui, a melhor estratégia, sem dúvida, é a amamentação em livre demanda.

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