Quem nunca se pegou pensando que bebês deveriam vir com manual de instruções? Ou então, querendo adivinhar o motivo de um choro ou de um comportamento diferente?
Como vimos, no artigo “A linguagem do bebê. Que linguagem é essa?”, os bebês se comunicam de diferentes maneiras e para isso usam o corpo inteiro.
Nós, adultos de referência, precisamos exercitar nosso olhar atento e escuta disponível para compreender melhor nossos pequenos. Além disso, algumas dicas podem auxiliar nessa comunicação tão especial. Confira de que forma isso pode acontecer a seguir:
1. Olhe nos olhos, troque olhares e piscadinhas com o bebê. Isso gera confiança, suporte e acolhimento.
2. Fale com o bebê e não para o bebê. Isso quer dizer incluí-lo no diálogo, perguntando a sua opinião e observando suas reações.
3. Preste atenção às diferenças dos choros do bebê: o choro de fome, de dor, de agitação, de sono, de desconforto (…) são de intensidades diferentes e acompanhados de gestos também diferentes. Não existe manual, então, aqui impera a sua disponibilidade, atenção e experiência. No início essa diferenciação é complicada, mas com o tempo você perceberá o quanto o choro é capaz de comunicar.
4. Atenda sempre o choro do bebê, nunca o deixe chorando para que ele “aprenda” a parar de chorar sozinho. Isso só o ensinará que você não está disponível e disposto a atendê-lo.
5. Conte ao bebê o que está acontecendo e o que irá acontecer na troca, no banho, na alimentação, na brincadeira, no passeio (…). Por exemplo, fale para ele que vai trocá-lo e descreva as suas ações enquanto a troca ocorre: “Vou limpar o seu bumbum com este lencinho. Agora, vamos passar pomada e colocar uma fralda limpinha. Você me ajuda a segurar a pomada?”. Com o tempo, o bebê vai aprender o que está acontecendo e lhe ajudará, adquirindo autonomia.
6. Fale na altura no bebê, se for preciso, abaixe-se para ficar mais próximo do pequeno.
7. Mude o timbre, o tom de voz e sua expressão para chamar a atenção do bebê, mas não grite. A única coisa que o bebê entenderá com seus gritos é que também deverá gritar para se fazer escutar e entender.
8. Incentive o bebê a se expressar para conseguir o que quer, seja apontando, seja, mais tarde, falando. Evite tentar adivinhar e antecipar o que ele quer.
9. Amplie o vocabulário de seu bebê: ele só vai saber que o au-au é o cachorro e o piu-piu é o passarinho, por exemplo, se falarem isso para ele.
10.Incentive a convivência com crianças de diferentes idades, pois a interação, a imitação e a repetição enriquecem a comunicação infantil.
11.Cante para o seu bebê. A sua voz tem o poder de tranquilizá-lo e humanizá-lo. Vale as músicas da sua infância e também as suas músicas preferidas. Apresente a ele músicas de diferentes ritmos e estilos. Que tal apresentá-lo a músicas eruditas, óperas ou flamencas? Aqui em casa elas fizeram sucesso!
12.Leia livros para os bebês com frequência. Dê preferência aos que apresentam enredo e ilustrações de qualidade. Os pequenos apreciam poesias, rimas e repetições de palavras.
13.Disponibilize materiais de diferentes texturas para o bebê brincar, permitindo que ele explore esses materiais de diferentes maneiras.
14.Comemore todas as conquistas do bebê, também as orais, como balbulcios e gritinhos. Os pequenos ficam felizes em escutar as próprias vozes e em perceber que estão agradando.
15.Respeite a aquisição da linguagem do seu bebê e não o compare com outras crianças. A pressão pode ter efeito contrário e inibir o desenvolvimento da fala.
Você tem alguma dica que pode ajudar na comunicação com o pequeno? Compartilhe, pelos comentários, com a gente!
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