Ler para o bebê, uma atividade possível e necessária

Você lê para o seu filho?
Geralmente, a resposta para essa pergunta é positiva quando a criança tem por volta dos 3 anos e já é capaz de pedir ou “cobrar” a leitura dos seus pais/ familiares.
Mas, e antes? Estou me referindo aos bebês: É possível ler para os bem pequeninos?
Categoricamente, afirmo e insisto: É possível, importante e necessário!
Muitos adultos afirmam que não leem para os bebês porque eles não entendem. Então, eu pergunto: Por que então falam com os bebês?
Além da interação e do vínculo afetivo que a fala proporciona, podemos afirmar que um bebê só aprende a falar porque ouve pessoas falando.
Para ilustrar ainda mais essa situação podemos fazer relação com uma canção de ninar. Você já reparou como essas canções são capazes de acalmar um bebê? Os pequenos as escutam atentos, mesmo não compreendendo a letra/conteúdo dessas canções, pois o encantamento acontece pelo ritmo, pela cadência, pela rima, pela sonoridade, e é claro, pelo toque, carinho, ou seja, pelo vínculo
afetivo que esse momento propicia.
E com a leitura será que é diferente?
Não! Bebês aprendem a postura de leitor e ouvinte mediante o contato com a leitura e com a imitação de familiares leitores. O bebê não precisa “interpretar o texto” (apesar de fazê-lo à sua maneira), porque o que lhes interessa, nesta fase, são as palavras, as rimas, a sonoridade, além das imagens.
A leitura na infância desenvolve a imaginação, a oralidade, amplia o vocabulário, a cultura, auxilia na ordenação dos conflitos internos próprios da infância, sem falar na criação da postura de leitor.
Junto a todos esses benefícios, não posso deixar de citar o fortalecimento do vínculo com os pais/familiares, pois o tempo dedicado para a leitura com os pequenos é um tempo de olhar nos olhos, de toque, de ser responsável por apresentar um novo mundo de novidades, descobertas e encantos!
Mas, atenção! Estou falando de LIVROS, com enredo e ilustrações de qualidade, e não de um “amontoado de páginas com figurinhas!”, que objetivam tão apenas a apresentação das cores, figuras geométricas ou nome de objetos.
Sei que livros, com “L maiúsculo”, ou seja, de qualidade, podem custar caro, mas não os considero como gasto e sim como investimento. Gasto é o tênis, a camiseta, a mochila e todo o apelo mercadológico da “Peppa Pig”!
Não posso deixar de lembrar que livros nesta faixa etária vão à boca; por vezes, são rasgados, mordidos, vão ao chão e à boca de novo… Normal e saudável, pois toda essa exploração também gera aprendizagem.
Para incentivar ainda mais a aprendizagem infantil, priorize livros com frases e textos curtos, repetições, sonoridade, imagens coloridas e atraentes; os enredos com elementos do cotidiano infantil, como os brinquedos e, ainda, os que apresentam animais e objetos com características humanas.
Para finalizar fica mais uma dica:
Leia, leia e leia novamente (e no mínimo diariamente) para o seu pequeno e objetivando a promoção do deleite (prazer) e tenha certeza que está colaborando com a criação de uma criança mais inteligente, saudável, segura e feliz.
 

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