Quando um bebê chora, você já reparou que existem algumas “técnicas” que quase todo mundo usa?
Parece até meio instintivo, aliás, é totalmente instintivo! Para acalmar o rebento, o pegamos no colo ─ possivelmente com o braço esquerdo ─, o balançamos, mudamos o tom de voz e soltamos um barulho parecido com um “Shhhhhhh”. Acertei?
Provavelmente, sim! E o melhor, depois desses passos, possivelmente, o pequeno parou de chorar e se acalmou. Sabem por quê?
Porque trouxemos ao bebê sensações conhecidas, que geram segurança e bem-estar. Os passos que tranquilizam o bebê imitam as condições da vida intrauterina. Explico: pegar o bebê com o braço esquerdo aproxima-o de nosso coração (som conhecido desde o útero); o colo traz segurança e sensação de proteção, principalmente se o bebê estiver enroladinho em uma coberta fofinha (no útero, o bebê tinha a sensação de contenção, pelo espaço ser apertadinho); o balançar do colo também imita o movimento sentido pelo bebê no meio aquático intrauterino; a voz que afinamos para chamar a atenção dos pequerruchos imita a voz feminina, da mãe, que é a qual os bebês têm mais familiaridade (pois a escutava, vinda de fora, propagada pelo ar, e também transmitida pelas cordas vocais); já o “shhhhh” simula o barulho oriundo de veias pulsando e do funcionamento do intestino e de outros órgãos materno.
Passos simples que têm poder calmante e tranquilizante, os quais estão sendo cada vez mais estudados e divulgados. (Pesquise a teoria de extero-gestação e as técnicas do Dr. Harvey Karp para acalmar bebês).
No entanto, é preciso alertar que talvez o seu bebê não se acalme imediatamente, ou até mesmo não se acalme, com essas técnicas tradicionais, afinal, tudo é novidade e até ele se acostumar com todas as mudanças da “vida do lado de fora” leve algum tempo. Por isso, olhar atento e escuta disponível sempre auxiliam a diagnosticar o que o pequeno está tentando nos comunicar.
Lembre-se de respeitar o tempo do bebê e de fazer o possível, principalmente nos 3 primeiros meses, para simular as condições intrauterina. Isso, certamente, atuará em benefício do desenvolvimento integral dos pequenos.
Ah! Lembre-se também de sempre escutar o seu instinto. Ele deve ser o seu melhor conselheiro!
Quer saber outras técnicas que auxiliam a imitar as condições intrauterinas? Não perca o próximo texto de nosso blog!
Abraço grande,
Aline